sábado, 13 de novembro de 2010

Símbolos

"A manifestação divina é onipresente,
só que nossos olhos não estão abertos para ela.
O símbolo abre nossos olhos" (Joseph Campbell)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tabacaria

Continuando a discussão sobre Determinismo e Liberdade...

TABACARIA
“ (...)
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava  pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
(...) (Fernando Pessoa).

Quem sou eu? Como descobrir meu sagrado interno" para provar que sou sublime"?

Determinismo e Liberdade

Determinismo e Liberdade, trata de algumas respostas possíveis à seguinte questão: “O homem é livre para escolher o bem a qualquer momento, ou ele não tem essa liberdade de escolha porque é determinado por motivos internos e externos?” A análise envolve literatura e sociologia, sendo uma boa introdução ao problema da liberdade humana.
Para responder a estas perguntas precisamos saber quem é o Homem e qual é a sua natureza. Erich Fromm analisa:
"1. o homem é um animal, e no entanto seu equipamento instintivo, em comparação com o de todos os outros animais, é incompleto e insuficiente para assegurar-lhe a sobrevivência a menos que ele produza os meios para satisfazer suas necessidades materiais e criar a fala e as ferramentas. 2. o homem possui inteligência, como os outros animais, que lhe permite usar processos mentais para consecução de objetivos imediatos e práticos; o homem, porém tem outra qualidade mental ausente no animal. Ele se dá conta de si mesmo, de seu passado e de seu futuro, que é a morte; de sua pequenez e impotência; tem consciência dos outros, como outros – como amigos, inimigos ou estranhos. O homem transcende toda outra forma de vida por que é, pela primeira vez, vida consciente de si mesma. (...) A consciência de si próprio do ser humano tornou-o um estranho no mundo, separado, solitário e assustado”.

Este texto faz parte do Folhas de Filosofia, de minha autoria, publicado no Portal em 2004.